Potencial dos sensores remotos na detecção de sepultura clandestinas
DOI:
https://doi.org/10.22335/rlct.v16i3.1973Palavras-chave:
sensoriamento remoto, valas comuns, índices espectrais, aprendizado de máquina, imagens multiespectrais, ortoimagemResumo
Na Colômbia, a identificação de valas comuns tornou-se tarefa necessária para o esclarecimento da verdade sobre o conflito violento. Na maioria dos casos, essa atividade tem sido realizada manualmente, ou seja, para encontrar os locais de sepultamento, as informações fornecidas pelos perpetradores ou os relatos dos parentes das vítimas são usadas como entrada. Entretanto, esses métodos não são apenas imprecisos, mas também extremamente lentos e caros. Para aumentar as chances de sucesso, métodos de busca baseados em resistividade geofísica, magnetometria ou radar de penetração no solo foram experimentados em outros países. Esses métodos só podem ser usados em uma pequena área e apresentam desafios se forem encontrados em locais de difícil acesso, como pântanos, lodaçais ou em locais onde o conflito persiste e pode até mesmo ser minado. Portanto, há necessidade de implementar métodos que não envolvam acesso direto ao solo e que possam cobrir áreas maiores, a fim de acelerar a busca, reduzindo o custo em tempo e dinheiro. Este trabalho explora o uso de dados de sensoriamento remoto para
identificar como a saúde das plantas é afetada pelo conteúdo de matéria orgânica nas valas comuns, correlacionando estas como a análise dos índices espectrais NDVI, GNDVI e GCI. Neste trabalho, o sensor multiespectral Sequoia Parrot, transportado em um UAV DJI Phantom 3 Advanced, foi usado para obter imagens de uma área experimental na qual foram simuladas sepulturas com matéria orgânica de origem animal e restos de esqueletos humanos. A partir disso, foram adquiridas imagens nas longitudes de onda Red, Green e nIR, para medir os índices de vegetação e estimar a saúde das plantas sobre e ao redor das sepulturas. Os resultados obtidos permitiram inferir os locais onde os corpos estão enterrados no local do experimento quase uma década após a criação do experimento.
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