Culpabilidade e a responsabilidade penal da pessoa jurídica

Autores

  • Davi de Paiva Costa Tangerino Revista Brasileira de Ciências Criminais

DOI:

https://doi.org/10.22335/rlct.v3i1.134

Palavras-chave:

Responsabilidade penal da pessoa jurídica, culpabilidade, responsabilidade objetiva, ambiental

Resumo

A recepção da responsabilidade penal da pessoa jurídica no Brasil, embora tenha contado com forte oposição doutrinária, é uma realidade e encontra forte respaldo jurisprudencial. Tal como está, porém, representa, para a pessoa jurídica, responsabilidade penal objetiva, repelida pelos ordenamentos jurídicos penais ocidentais há muitos séculos. Cuida-se, assim, de explorar outros modelos de responsabilidade penal da pessoa jurídica, sobretudo daqueles que buscam um conceito próprio de culpabilidade de pessoa jurídica, com especial ênfase nos modelos de compliance. O objetivo final é apontar caminhos para que a responsabilidade penal da pessoa jurídica não implique o esvaziamento do nullum crimen sine culpa.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Davi de Paiva Costa Tangerino, Revista Brasileira de Ciências Criminais
    Professor da Faculdade. Mestre e Doutor em Direito penal e Criminologia.

Referências

ACHENBACH, H. (1974). Historische und dogma tische Grundlagen der strafrechtssystematischen Schuldlehre . Berlin: J. Schweitzer Verlag.

BATISTA, N. (2002). Introdução crítica ao Direito penal brasileiro. Rio de Janeiro: Revan.

BITENCOURT, C. (2001). "Reflexões sobre a responsabilidade penal da pessoa jurídica". In: GOMES, L. F. (Eds.) Responsabilidade penal da pessoa jurídica. São Paulo: RT.

CERNICCHIARO, L. V.; Costa Júnior, P. J. (1990). Direito penal na Constituição. São Paulo: RT.

CIRINO DOS SANTOS, J. (2008). Direito penal. Rio de Janeiro: Lumen Juris/ICPC.

COSTA, H. R. L. (2010). Proteção penal ambiental: viabilidade, efetividade, tutela por outros ramos do Direito . São Paulo: Saraiva.

COSTA JÚNIOR, P. J.; Milaré, E. (2002). Direito penal ambiental: comentários à Lei n. 9605/98 . Campinas: Millenium.

DEBUYST, C.; DIGNEFFE, F.; LABADIE, J-M.; PIRES, A. P. (1996). Histoire des savoirs sur le crime & la peine . Vol. II. Montreal: De Boeck.

DÍEZ, Carlos Gómes-Jara. (2005). La culpabilidad pe nal de la empresa . Madri: Marcial Pons.

DOTTI, R. A. (2010). Curso de Direito Penal . São Paulo: RT.

ESTELLITA, H. (2009). Criminalidade de empresa, quadrilha e organização criminosa. Porto Alegre: Livraria do Advogado.

FABRICIUS, D. (2006). Folter und unmeschliche Behandlung in Institutionen: FELDEFFEKTE und Schuldfähigkeit als kriminogene Faktoren. Hamburg: Merus.

FERNÁNDEZ, G. (1995). Culpabilidad y teoría del de lito. Montevidéu: B de f.

FEUERBACH, A. V. (2007) Tratado de derecho penal común vigente en Alemania . Tradução de Eugenio Raúl Zaffaroni e Irma Hagemeier. Buenos Aires: Hammurabi.

FRANK, R. (1907). "Über den Aufbau des Schuldbegriffs". In: Frank, Reinhard (eds.). Festschrift für die Juristiche Fakultät in Gießen zum Universitäts-Jubi läum . Giessen: Verlag von Alfred Töpelmann.

FREITAS, V. P.; Freitas, G. P. (2001). Crimes contra a natureza . São Paulo: RT.

FREUDENTHAL, B. (1922). Schuld und Vorwurf. Tübingen: F.C.B. Mohr.

GARDNER e ANDERSON (2009). Criminal law. 10 ed. Belmont: Thompson.

HEINE, (2006). "Modelos de responsabilidad jurídico-penal originaria de La empresa". In: Gómez-Jara Díez, Carlos (Org.). Modelos de Autorresponsabili dad Penal Empresarial. Propuestas globales contemporâneas. Navarra, Thomson Aranzadi.

HUNGRÍA, N. (1945). "Ilícito administrativo e ilícito penal". In: Revista de Direito Administrativo, 1945, v. 1. Río de Janeiro, Forense.

JAKOBS, G (1992). El principio de culpabilidad. Madrid: Anuário de Derecho Penal y Ciências Penales, tomo XLV, fascículo I, janeiro-abril.

JESCHECK, H; WEIGEND, T. (1996). Lehrbuch des Strafrechts. Allgemeiner Teil. 5. ed. Berlim: Duncker & Humblot,

JOSÉ DA COSTA, P. Milaré (2002). É. Direito penal ambiental: comentários à Lei n. 9605/98. Campinas: Millenium.

LAMPE, E. (1999). Strafphilosophie – Studien zur Strafgerechtigkeit. Munique: Heymanns Verlag,

LAMPE, E. (1994). "Systemunrecht und Unrechtssysteme". In: Zeitschrift für die gesamte Strafrechtswissenschaft 106.

MACHADO, M. (coord.). (2009). Responsabilidade penal da pessoa jurídica. Coleção Pensando o Direito. Brasília: Ministério da Justiça.

MARQUES, O. (1998). A responsabilidade penal da pessoa jurídica por ofensa ao meio ambiente. São Paulo: Boletim do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, ano 6, n. 65, abril.

MIR PUIG, S. (2002). Introducción a las bases del de recho penal . 2. ed. Montevidéu: B de F.

PAMPEL, G. (2007). "Die Bedeutung von ComplianceProgrammen in Kartellordnungswidrigkeitenrecht". In: Betriebs-Berater , Heft 31.

PRADEL, J. (1998). "A responsabilidade penal das pessoas jurídicas no direito francês". Revista Brasi leira de Ciências Criminais , ano 6, n.° 24, outubro-dezembro. São Paulo:

PRADO, L. (2005). Direito penal do ambiente. São Paulo; RT.

PÜSCHEL, F.; MACHADO, M. (2008). "Questões atuais acerca da relação entre as responsabilidades penal e civil". In: Basileu Garcia. Instituições de Direito Penal. São Paulo: Saraiva.

REALE JÚNIOR, M. (2001). "A responsabilidade penal da pessoa jurídica". In: Prado, L. (org.). Responsabilidade penal da pessoa jurídica. São Paulo: RT.

ROXIN, C. (1974). "Schuld" und "Verantwortlichkeit" als strafrechtliche Systemkategorien. In: Roxin, C.; Bruns, H.; Jäger, H. (orgs.). Grundfragen der gesamten Strafrechtswissenschaft . Festschrift für Heinrich Kenkel zum 70. Geburtstag am 12. September 1973. Berlin: Walter de Gruyter.

ROXIN, C. (1999). "Pena y reparación". En: Anuario de derecho penal y ciencias penales 52.

ROXIN, C. (2006). Strafrecht. Allgemeiner Teil. Munique: C. H. Beck, vol. I.

SANTOS, E. (2005). "A responsabilidade penal das pessoas jurídicas nos crimes ambientais". Revista Brasileira de Ciências Criminais, ano 13, n. 55, julho-agosto. São Paulo.

SCHÜNEMANN, B. (1994). "Die Strafbarkeit der juristischen Personen aus deutscher und eorupäischer Sicht". In: Bausteine des europäischen Wirtschafts strafrechts. Madrid-Symposium für Klaus Tiedemann. Berlim: Carl Heymanns Verlag.

SCHÜNEMANN, B. (1979). Unternehmenskriminalität und Strafrecht – eine Untersuchung der Verantwortlichkeit der Unternehmen und ihrer Führungskräfte nach gelstendem und geplantem Straf- und Ordnungswidrigkeitenrefcht. Munique, Carl Heymanns.

SHECAIRA, S. (2010). Responsabilidade penal da pessoa jurídica . São Paulo: Campus Elsevier.

SPIVACK, P.; RAMAN, S. (2008). Regulating the 'new regulators': current trends in deferred prosecution agreements. American Law Criminal Review, Março.

TANGERINO, D. (2010). Culpabilidade. São Paulo: Campus Elsevier.

TIEDEMAN, K. (1998). "Die‚ Bebußung' von Unternehemen nach dem 2. Gesetz zur Bekämpfung der Wirtschaftskriminalität". In: Neue Juristische Wochenschrift, Heft 19.

TIEDEMANN, K. (1995). "Responsabilidad penal de personas jurídicas y empresas en derecho comparado". Revista Brasileira de Ciências Criminais, ano 3, n.° 11, julho-setembro. São Paulo.

TIEDEMANN, K. (1993). Lecciones de Derecho Penal Económico (Comunitario, Español, Alemán). Barcelona, PPU.

VON LISZT, F. (1927). Tratado de Derecho penal. Traduzido da 20a. ed. alemã, por Luis Jimenez de Asúa. Madrid: Editorial Reus, t. II.

WELZEL, H. (1969). Das deutsche Strafrecht. 11. ed. Berlim: Walter de Gruyter & Co.

WELZEL, H. (1963). Wahrheit und Grenze des Naturrechts . Bonn: Peter Hanstein Verlag.

WELZEL, H. (1975). "Naturrecht und Rechtpositivismus". In: Welzel, H. Abhandlungen zum Strafrecht und zur Rechtsphilosophie . Berlin/New York: Walter de Gruyter.

Downloads

Publicado

2011-07-02

Edição

Seção

Artigos de reflexão

Como Citar

Culpabilidade e a responsabilidade penal da pessoa jurídica. (2011). Revista Logos Ciencia & Tecnología, 3(1), 186-202. https://doi.org/10.22335/rlct.v3i1.134